A substituição da articulação do quadril pode ser considerada como um dos maiores triunfos da ciência moderna na aera da ortopedia.
A história da artroplastia total do quadril, desde seu início, vem passando por várias modificações e evoluções. Seus resultados tem se tornando cada vez mais satisfatórios, mas ainda no século passado, problemas como a infecção, baixa resistência dos matérias e a sua soltura precoce, dificultavam a consagração desta cirurgia com um procedimento resolutivo e eficaz.
O maior controle da infecção (com todas as medidas pré, trans e pós operatórias), o desenvolvimento e evolução contínua nos materias utilizados neste procedimento, assim com técnicas mais modernas de fixação destes ao osso hospedeiro, acabaram por tornar a artroplastia de quadril uma cirurgia mais segura e duradoura, trazendo maior satisfação para o paciente e o Ortopedista. Embora possa ser utilizada para resolução de fraturas, aqui iremos abordá-la no tratamento de osteoartrite degenerativa.
A cirurgia deve ser considerada quando foram esgotados os tratamentos conservadores possíveis para o caso. O paciente é que deverá avaliar se os sintomas são suficientemente severos para se indicar a cirurgia. Está decisão não é dada pelos achados radiográficos, a menos que já esteja acontecendo uma perda ou destruição óssea acetabular. O paciente deve ser orientado sobre sua doença, os riscos da cirurgia e a história natural deste quadril se não for operado. Cabe ao médico perguntar ao paciente o quanto à patologia no seu quadril tem lhe dificultado ou impedido de fazer atividades rotineiras do seu dia-a-dia.
O médico deverá evitar falsas expectativas com a ATQ.
O paciente deve entender alguns pontos:
1 ) A cirurgia lhe trará alguns limites no uso da articulação, embora as vezes não mais do que ele já tenha no seu dia-a-dia;
2 ) Embora a ATQ possa equilibrar sua marcha e acarretar a melhora na utilização de outras articulações como joelhos e coluna, somente o quadril é que será diretamente abordado;
3 ) O paciente tem responsabilidades e deve seguir os cuidados e limites dados pelo seu medico no pós operatório, entendendo que a ATQ irá trazer alívio da dor e melhora na mobilidade, mas não lhe permitirá, por exemplo, fazer esportes de impacto ou de contato pessoal;
Embora isto, o paciente deve saber que a maior possibilidade é de ter uma grande melhora na sua qualidade de vida, por muitos anos.
Embora hoje em dia já seja uma cirurgia realizada com maior freqüência, o Ortopedista que fará o procedimento deverá ter um treinamento específico e continuado. Considera-se muito importante: uma criteriosa seleção do paciente; a cuidadosa escolha da época a ser realizada a cirurgia; o conhecimento das possíveis dificuldades transoperatória, (e como resolvê-las); a escolha de um material adequado para a cirurgia; a boa orientação quanto aos cuidados do paciente após a cirurgia.
O procedimento deverá ser cuidadosamente “calculado” pelo ortopedista já antes da cirurgia. A presença de encurtamento do membro, deformidades no quadril ou variações anatômicas nesta articulação serão avaliadas no pré-operatório para que se tome a decisão cirúrgica mais acertada possível. Os materiais utilizados neste procedimento permitem uma individualização da artroplastia para cada paciente. A correta análise destes fatores poderá determinar uma maior longevidade da prótese, além do seu melhor funcionamento.
A escolha da prótese que será utilizada deve respeitar a indicação do Ortopedista, o qual levará em consideração as características do paciente, do osso hospedeiro, sua experiência profissional e seus conhecimentos sobre os diversos materiais disponíveis.
1 – PRECOCE
Infarto Agudo do Miocárdio e Insuficiência cardíaca congestiva: baixa incidência.
Trombo Embolismo Pulmonar = Permanece como uma das piores complicações, onde a mobilização precoce é o fator preventivo mais importante.
Lesão Vascular e Nervosas Periférica = Também apresentam baixa incidência.
A Luxação da Prótese = É uma terrível complicação, que depende de vários fatores como uma boa técnica de colocação dos componentes pelo cirurgião, mas também do cuidado do paciente no pós-operatório.
A Infecção = No pós-operatório imediato é rara, mas deve ser “respeitada”, principalmente em pacientes com fatores de risco estabelecidos (principalmente nos imunodeprimidos).
2 – TARDIAS
Infecção = tomar cuidado quando houver alguma infecção sistêmica ou for realizar algum procedimento dentário(talvez caiba uma profilaxia com antibiótico).
Falência dos Materiais = trata-se do desgaste e solturas dos componentes da prótese; embora não haja uma regra, mas pode ser postergada com a escolha de um bom material.
Clínica Conex
Rua Crisanto Leite, 386
Centro de Ijuí, Rio Grande do Sul
marcelogarzella@gmail.com
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